SEGURANÇA
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A portaria virtual como diminuição de custos no controle de acesso |
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Com o avanço da tecnologia, uma nova modalidade de serviço está sendo oferecida aos condomínios. Trata-se da portaria virtual. A portaria, virtual ou à distância, é a substituição da portaria presencial por um sistema de portaria remota, através da automatização do condomínio com a instalação de câmeras IP, leitores biométricos, central de gerenciamento de controle de acesso, interface de PABX, geradores, entre outros sistemas, tudo amarrado por meio de um software integrado, no qual é efetuado todo o atendimento ao morador, visitantes e prestadores de serviço como se estivesse presencialmente no prédio. A solução é indicada para condomínios de até 40 apartamentos. É um modelo interessante, o custo é bem menor, se comparado a uma portaria com posto 24 horas. Custo médio: R$ 6.500,00/mês, mais a implantação que fica em torno de R$ 45.000,00. Todo acompanhamento, seja de moradores, visitantes e entregas, é realizado à distância. A central de monitoramento fica localizada na empresa de segurança contratada, fora das dependências do condomínio. Porém, como tudo na vida, devemos avaliar seus pró e contras a saber:
Vantagens: - Isolamento do agente, impossibilitando rendição em caso de assaltos e arrastões; - Cadastro biométrico de funcionários domésticos com perfil individual de acesso; - Drástica redução do custo com os serviços de portaria e segurança (economia entre 40% e 60%); - Redução de custos com infraestrutura de apoio aos porteiros – refeitórios, rádios, armários, produtos higiênicos (o custo da portaria de uma torre varia em torno de R$ 15 mil por mês); - Ausência de custos e preocupação com reclamações trabalhistas. Desvantagens: - Os moradores devem ter ciência da responsabilidade, pois todos são responsáveis pelo condomínio e muitas das atividades dependerão exclusivamente dos condôminos; - Um elo geralmente frágil nesse tipo de portaria é o sistema de comunicação, uma vez que é pela internet que a central remota se comunica com o condomínio; - Existência de empresas amadoras no mercado que estão se aproveitando da oportunidade da falsa sensação de “distância” , para enganar contratantes. A direção do condomínio deverá ter muita cautela na escolha da empresa. Para tanto, deve atentar, no mínimo, para o seguinte: - Exija, no mínimo, 02 centrais de operação e monitoramento. Não acredite nos sites, visite a central da empresa contratada com frequência, sem qualquer aviso prévio; - Exija, no mínimo, 08 agentes de operação registrados em CLT e na carteira profissional; - Não contrate empresas que terceirizam o sistema de monitoramento e operação; - Exija, no mínimo, gerador a combustível e nobreaks industriais; - Exija base com local para treinamento de funcionários; - Essa é a estrutura mínima para que o condomínio possa estar mais seguro, e em mãos de profissionais capacitados e motivados. E, por fim, em razão da complexidade do tema, o assunto deve ser discutido em assembleia. Porém, sua aprovação depende de quorum da maioria simples dos presentes.
José Elias de Godoy - Consultor de Segurança em Condomínios pela Suat e autor dos livros “Manual de Segurança em Condomínios’’ e “Técnicas de Segurança em Condomínios”. elias@suat.com.br
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